Tantos com muito , outros sem nada
Sol ou frio, mas eles preferem estar lá.
Será que preferem mesmo estar lá ?
Ou algo os levaram a essa triste situação?
Muitos com tanto, outros sem nada
É triste, mas é real;
Mendigos na praça Princesa Isabel;
outros em outras partes do Centro da grande metrópoles;
Que fazem do Centro de São Paulo uma verdadeira cracolandia;
E das ruas sua moradia.
Tantos com muito, outros sem nada
Em condições vulneráveis;
Passam frio;
Passam fome;
Sujos, com roupas rasgadas;
Vidas desperdiçadas;
Corações despedaçados;
Triste sina os levaram a infeliz condição.
Tantos com muito, outros sem nada
É preciso vivenciar aqueles corpos secos;
Pois gorduras já não têm;
Para que percebamos que muitos de barrigas cheias
Vivem a reclamarem;
Enquanto outros nada têm;
Já perderam suas dignidades;
Com olhares tristes,
Vivem a vagar como zumbis;
De um lado para outro vivem a pedir
um prato de comida;
Um trocado para se drogarem.
Muitos com tanto, outros sem nada
Desesperançosos, mendigos da grande metrópoles;
Passam por humilhação,
Mas dificilmente largam uma vida,
Que muitos vivem a questionar,
o que os fazem querer ser mendigos?
Por que querem viver indignamente?
Sem esperança?
Sem humanidade?
Sem perspectivas,
Em profunda desventura?
Muitos com tanto, outros sem nada
Que reflitamos na vida que temos;
E comparemos com a vida daqueles que nada têm;
Aí percebamos que muito temos;
enquanto outros nada têm.
Por:Andréia Rubens
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